Para pacientes crônicos, a teleconsulta tornou-se uma necessidade

A Pesquisa Nacional de Saúde 2019 mostrou que 52% dos adultos entrevistados tinham recebido algum diagnóstico de doença crônica ao longo do ano.

Esse perfil de paciente, antes de tudo, tem a necessidade de ser acompanhado de perto por um profissional de atenção básica e, muitas vezes, um especialista. Além disso, precisa ser munido de informações que estimulem o seu bem-estar, reduzam os riscos de complicações e preservem sua qualidade de vida.

Em um país de dimensões continentais, como é o caso do Brasil, é necessário superar alguns obstáculos geográficos e socioeconômicos para garantir à população o acesso a um atendimento médico de qualidade. A alternativa que vem demonstrando maior eficiência na resolução desse conflito é a TELECONSULTA, prática fortalecida em meio à pandemia e que, definitivamente, veio para ficar.

O QUE É UMA TELECONSULTA?

Disseminada por todo o mundo como uma prática inovadora em cuidados com a saúde, a teleconsulta é um braço da telemedicina. Como o próprio nome sugere, ela consiste em um atendimento médico remoto, consensual, mediado por tecnologias, e com a garantia do respeito aos preceitos éticos da profissão.

No último ano, a teleconsulta e o telemonitoramento ganharam corpo em função das suas aplicações indispensáveis durante a pandemia de Covid-19, principalmente pela necessidade das pessoas passarem mais tempo em casa.

COMO A TELECONSULTA AJUDA PACIENTES CRÔNICOS?

Conforme já mencionamos, o paciente crônico precisa de uma atenção diferenciada ao longo da vida, apesar de nem sempre encontrar o suporte necessário.

Na prática, as facilidades entregues pela teleconsulta e pelo telemonitoramento fazem com que uma pessoa possa ser acompanhada de maneira mais próxima (ainda que remotamente), com maior conforto e praticidade.

Menor deslocamento

O paciente idoso ou fragilizado não precisa, por exemplo, se mover de uma cidade a outra apenas para uma consulta de avaliação ou retorno de exame. Tudo isso pode ser feito virtualmente, com boa qualidade na transmissão de som e imagem, e com a clareza necessária para uma assistência segura.

Monitoramento eficaz

Outro ponto positivo já observado nos últimos tempos tem sido a facilidade no rastreamento de sinais vitais, indicadores de saúde e resposta ao tratamento de doenças. Hoje, por meio de uma simples ligação telefônica ou breve chamada de vídeo, um médico ou enfermeiro pode mapear com maior frequência as alterações no índice glicêmico, pressão arterial, peso, batimentos cardíacos e muito mais. A coleta de dados, quando bem feita, ajuda a montar estratégias eficientes e um plano de cuidado personalizado.

Desenvolvimento do autocuidado

Uma vez que o paciente recebe contatos mais frequentes de seus médicos e precisa estar mais atento à saúde, ele tende a se sentir mais responsável pelo próprio corpo, o que interfere positivamente na autonomia das decisões e até mesmo no engajamento com o tratamento proposto.

Menor taxa de internação

E já existem diversos estudos que demonstram o papel da telemedicina na melhoria da qualidade assistencial, prevenção do adoecimento, redução de riscos e uma consequente queda nas taxas de hospitalização. O paciente bem avaliado, munido de informações e cercado de uma equipe médica próxima tem mais chances de desenvolver um estilo de vida saudável a longo prazo.

COMO IMPLEMENTAR A TELECONSULTA PARA PACIENTES CRÔNICOS?

Se você, Doutor, reconhece a importância dos teleatendimentos para o seu paciente e a sua clínica, vale a pena seguir algumas dicas para adotar as consultas remotas de maneira eficaz:

  • Analise sua carteira de clientes e selecione quais precisam de um acompanhamento mais próximo. Você não precisa começar com todos desde o início se não estiver preparado.
  • Seja claro e transparente o tempo todo, tirando dúvidas, orientando-o e deixando-o confortável para seguir com esse modelo remoto.
  • Não tenha pressa de atender e colete o máximo de informações que puder, auxiliando na compreensão do caso, diagnóstico e tratamento.
  • Tenha uma equipe que dê suporte para o monitoramento e esteja alinhada com os seus objetivos.
  • Deixe claro que o atendimento presencial continua disponível para qualquer necessidade.
  • Como o paciente passa muito tempo em casa, esteja atento ao seu contexto, movimentações, dificuldades enfrentadas no dia a dia, perfil da família e outros detalhes que interferem na saúde física e mental.
  • Você é responsável por orientar, também, com relação aos equipamentos que o paciente usa para aferir a pressão, glicemia e outros indicadores de saúde. Certifique-se de que ele tenha total compreensão para que não haja quaisquer desvios no monitoramento.
  • Ofereça um plano de cuidado estruturado, propondo consultas presenciais, mudança de hábitos, atendimentos com outros especialistas, equipe multidisciplinar, metas de avanço no tratamento e outras iniciativas que julgar pertinentes.

Para concluir, trazemos uma dica que, na verdade, é o ponto de partida da sua estratégia de transformação digital: invista em uma plataforma completa, qualificada e que tenha bons recursos agregados.

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