Em 11 de março de 2020, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou oficialmente o estado de pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2), poucas regiões ao redor do mundo tinham políticas e tecnologias de telemedicina bem estruturadas para suprir a demanda de saúde. O Brasil, inclusive, é um grande exemplo de país que precisou amadurecer esse modelo de atendimento enquanto a sociedade vivenciava a alta de casos da Covid-19.
A TELEMEDICINA NO BRASIL
Nós, da AnClinic, já falamos sobre esse assunto em outros artigos, mas a título de recordação, o atendimento médico remoto em terras brasileiras não havia sido regulamentado até o mês de abril de 2020, com a publicação da Lei nº 13.989.
Diante da autorização em caráter excepcional, o Ministério da Saúde defende a telemedicina como o exercício mediado por tecnologias para fins de assistência, pesquisa, prevenção de doenças e lesões, e promoção de saúde, devendo ser empregado até o fim da crise sanitária.
De lá pra cá, com o aperfeiçoamento das ferramentas e o crescente engajamento dos profissionais de saúde, a telemedicina se consolidou. De acordo com a pesquisa da Saúde Digital Brasil, foram registrados mais de 7,5 milhões de atendimentos remotos até o primeiro semestre de 2021, sendo 87% para as primeiras consultas. E mais do que quantidade, os dados do estudo mostram efetividade: são mais de 75 mil vidas salvas, com índice de resolutividade de 91% nas consultas avulsas de pronto atendimento.
COMO ESTÁ A TELEMEDICINA NO MUNDO?
Assim como ocorre com outras tecnologias, o desenvolvimento da telemedicina também esbarra em questões políticas e socioeconômicas. Cada região tem um contexto próprio capaz de acelerar ou retardar a consolidação desse modelo assistencial.
Para entender um pouco mais sobre esse assunto, recorremos a um estudo bem completo elaborado por pesquisadores de diversos continentes. Na ocasião, eles analisaram a estrutura de telemedicina de cada região, suas lacunas, mudanças diante da pandemia e potencial de crescimento. Aqui está um resumo dos principais pontos:
Ásia
Os primeiros registros de uma rede de telemedicina bem estruturada no continente asiático são do Cazaquistão, em 2004. Nessa época, profissionais de saúde já utilizavam a comunicação remota para debaterem entre si os resultados de exames, diagnósticos e possibilidades de tratamento para diversos casos. Até o momento, não havia inclusão de pacientes.
Atualmente, Cingapura fica com o destaque em termos de adoção e eficiência desse sistema, reduzindo a lacuna entre as zonas rurais e urbanas, e levando atendimento médico a um número maior de pessoas. Índia e China, apesar de maiores, ainda enfrentam dificuldades.
No contexto de pandemia, todos os países – cada um à sua maneira – disponibilizaram consultas remotas para tirar dúvidas, acompanhar a evolução de sintomas e ajudar a desafogar o sistema de saúde.
África
Apesar do seu potencial e do número crescente de indivíduos com acesso a smartphones, a África subsaariana ainda encontra barreiras para o desenvolvimento da telemedicina. Esse modelo que poderia suprir a grande falta de médicos para a alta carga de doenças em circulação ainda esbarra, por exemplo, na má conexão com a internet, acesso debilitado à eletricidade, dificuldades econômicas e falta de políticas públicas. Até o momento, África do Sul, Egito, Marrocos e Argélia são os países que mais avançaram na aplicação das teleconsultas para as suas populações.
Europa
Cada país apresenta seus desafios para ampliar a oferta de telemedicina. A Itália, por exemplo, um dos mais afetados pela Covid-19 em 2020, não tinha uma infraestrutura tecnológica adequada para disseminar os atendimentos remotos no curto prazo, ainda que o Conselho Italiano de Saúde já tivesse elaborado suas primeiras diretrizes em 2012. A França, em contrapartida, já apresentava regulamentações mais sólidas e conseguiu se adaptar ao contexto com maior naturalidade, reagendando as consultas e estabelecendo, inclusive, regras de cobrança e reembolso para pacientes com diagnóstico positivo para a Covid-19.
América
No geral, a adoção da telemedicina caminhava lentamente até a chegada da pandemia. Países como o Peru, Colômbia, Guatemala, Uruguai, México, Costa Rica, Chile e Argentina já haviam traçado estratégias nacionais, mas sem ações concretas que fortalecessem a prática no dia a dia. Com o crescimento da Covid-19, novas regulamentações foram lançadas, inclusive no Brasil, a fim de facilitar o atendimento remoto, controlar a disseminação do vírus e desafogar o sistema de saúde.
O QUE ESPERAR DO FUTURO?
Ao longo de quase dois anos de pandemia, já colhemos frutos importantes para a consolidação dos teleatendimentos. Hoje, essa prática se mostra fundamental para levar saúde e qualidade de vida a um número de pessoas cada vez maior, rompendo as barreiras entre o rural e o urbano, e democratizando o acesso a uma assistência rápida, segura e eficiente.
Nós, da AnClinic, reconhecemos a força da telemedicina e, não à toa, temos uma ferramenta pioneira no Brasil. Junto ao nosso sistema de gestão médica, reunimos diversas soluções que fortalecem consultórios e ajudam profissionais de saúde a cuidarem cada vez melhor da nossa sociedade.
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